“A Revolução figura não apenas como produto de interesses políticos das elites econômicas paulistas, mas também de um ideário identitário que encontrava importantes reflexos na intelectualidade e em suas corporações e instâncias de atuação”
Livro 1932: Memória, Mito e Identidade
“Nesta guerra, entretanto, há uma página que é impossível se escrever. Nem o tempo, nem a inteligência humana, nem a história, com a pesquisa tantas vezes falha de seus autores, conseguirão interpretar a realidade da abnegação do povo paulista e o heroísmo de teus filhos”
Manuel Osório, A Guerra de S. Paulo, 1933.
“O Espetáculo de São Paulo em armas entusiasma mesmo os céticos. Há uma estranha beleza nesta metamorfose marcial. Um povo de trabalhadores despe a blusa e veste a farda. Tudo aqui deslumbra mesmo a agitação mais ardente”.
João Neves da Fontoura – Rádio Record em 1932
“Contra a Constituição? Que vinham? Combater o comunismo ou o separatismo? Combater rebeldias ou estrangeiros? Não. Essa era verdadeira bacoria, errada, muito falsa. Vinham matar paulista, que era a frase muito comum dos prisioneiros gaúchos e de muitos pernambucanos, que ao menos tinham a verdade inaudita da sua vilania. E esses encarnavam o pensamento legítimo do Brasil que sabe ler”.
Mário de Andrade
“Incitei esta vibrante mocidade paulista a arriscar suas vidas, como eu poderia deixar de ir à frente? Eu não sou homem de retaguarda, que fica fazendo discursos nas arcadas da faculdade de direito e nas rádios, a proclamar-se ‘paulista de 400 anos’. O meu paulistanismo eu afirmo nas trincheiras de fuzil nas mãos”.
Alfredo Ellis Jr
“São Paulo, mesmo antes da descoberta do Brasil, já era uma nação amada e defendida por um povo bom, valente e generoso; já era uma nação definida geograficamente, não pelos tratados hipócritas das chancelarias, mas pelas flechas sibilantes dos arcos guaianás”.
Plínio Ayrosa
“Se um dia São Paulo se levantar em armas, contra o Brasil, não se veja nisso um ato de loucura. Uma falta de patriotismo!Não! Será porque o patriotismo paulista o exige! E o grito de POR SÃO PAULO LIVRE! arrancará uma nova nacionalidade aos braços da opressão”.
José Fairbaks Belfort de Mattos, Fundamento Jurídico do Separatismo Paulista, 1933.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários abusivos ou difamantes serão deletados.