terça-feira, 30 de setembro de 2025

O que nós esperaremos mais?

GUSTAVO GRZICH ARONSON

O que nós esperaremos mais?

Este texto é um chamado, uma súplica à consciência de todos os paulistas de bem. 

Infelizmente, hoje é preciso separar os paulistas de bem dos maus paulistas. Há milhares de paridos em São Paulo que não têm nenhuma consciência do que representa o solo paulista nas suas histórias. Paulistas que estão envolvidos com coisas terríveis, que só mal trazem à sociedade.

É contra estes que quero chamar a atenção.

O crime organizado, dos presídios, das favelas, hoje enquistado nos altos postos de poder político, judiciário e econômico. 

Esse crime organizado, parido pela conjunção de bandidos pés de chinelo com criminosos políticos, na época do regime militar, fizeram nascer as facções criminosas, como o PCC e o CV. 

Lembro à todos que o primeiro nome do PCC era Partido Comunista do Crime, embora, me pareça, que este grupo mafioso não tenha nada de comunista na prática. Eles estão do lado do seu poder. Hoje, os partidos principais que apoiam a bandidagem são os da esquerda, mas, os criminosos como são ligeiros em aproveitar as brechas, fizeram um jogo duplo: não precisam ter ampla infiltração nos partidos de esquerda, porque estes naturalmente já os defendem; o crime agora está infiltrado nos demais partidos, do centrão fisiológico e da dita direita liberal conservadora. Não falta nada a este país, traficantes de direita e esquerda. Lá no Rio de Janeiro, aponta o noticiário, há um complexo de favelas dominado por um marginal sionista. Ele deve se sentir como um patriarca ou juiz do velho testamento. 

E, por falar em noticiário, nesta semana a imprensa tem repercutido o fato do PCC, que controla a distribuição da bebida alcoólica, estar adulterando essas bebidas colocando o perigoso componente química metanol, que, pode ser fatal. O site jurídico Migalhas citado a seguir repercute a morte de um advogado que consumiu bebida adulterada fornecida por estabelecimentos ligados ao crime organizado. (https://www.migalhas.com.br/quentes/441175/advogado-morre-apos-intoxicacao-por-metanol-em-bebida-alcoolica-em-sp).

Esse mesmo grupo mafioso expandiu sua atuação para os postos de gasolina, lavanderias, atacadistas, farmácias. Você abastece seu carro e está colaborando com traficantes. É evidente sinal de que o estado não está falido, mas, tomado pela sombrias forças do crime organizado. Não me parece correto dizer que o estado brasileiro esteja falido. Na verdade ele está bem vivo, mas ele é controlado por esses diversos grupos criminosos, uns ligados ao tráfico de drogas e outros ligados a outros crimes. A sensação que o cidadão de bem tem é que o político que em si não seja ladrão de dinheiro público, ainda assim tem a ficha suja, pois é colaborador com o lobby do crime organizado ou colaborador do estado que protege os criminosos. Não se vê na classe política quem esteja realmente disposto a enfrentar esse problema. Não é apenas o lobo tomando conta do galinheiro. É o lobo, a raposa, o texugo, a hiena, uma infinidade de animais predadores, que mantém o galinheiro como refém. 

E o que os paulistas irão fazer? Manter seu estado sob o domínio dessa situação lastimável? Sermos governados por um estrangeiro que, por mais que a imprensa de esquerda o coloque como um governo que libera a polícia para agir contra o crime, na verdade assiste parado São Paulo continuar a ser controlado pelo PCC. Com prefeito eleito de cidade da Grande São Paulo aliado do mesmo partido do governador? 

Quando iniciei essa mensagem falando em paulistas de bem vs os maus paulistas é porque hoje a maioria dos criminosos capos do PCC não são mais "canadenses" (gíria para nordestino, usada nos anos 90 por policiais). Essas lideranças já foram paridas em solo paulista, embora, vários sejam oriundos de famílias sem raízes paulistas, vindas para cá para subemprego, para viver nas favelas, para as péssimas condições existenciais e pelo sonho que muitos de seus antepassados tinham de fazer a vida em São Paulo. É contra gente que nasceu aqui que precisamos de uma atitude firme, radical. O governo brasileiro é aliado e sócio do crime organizado. O estado brasileiro é um estado duplamente mafioso. Duplamente achacador. Somos achacados pelos exorbitantes impostos e pela mão direta do crime organizado. Não podemos esperar que essa dupla criminosa, o estado brasileiro e o estado paralelo da máfia se transformem do dia para a noite. O bandido não se rende se não for acuado. 

O estado brasileiro não tem solução. Merece fim. O estado paulista SOBERANO sim tem jeito. 

Mais uma vez, fica a minha opinião pela independência Paulista. Como país soberano, com uma lei revolucionária, podemos fazer como em El Salvador. Eliminar os piores criminosos do convívio social. Punir severamente os colaboradores econômicos com o crime. Encarcerar quem precisa e expulsar quem não é Paulista, após o cumprimento de sua pena. Aplicar a teoria do Direito Penal do Inimigo contra quem é inimigo aberto e ostensivo do Estado Paulista. É preciso coragem para defender isso. A turma dos direitos humanos, supostamente movida por ideário e filosofia, mas, sustentada com verbas escusas, detesta esse tipo de discurso. Mas, é preciso radicalismo. Não há mais espaço para soluções medianas. É ir para a luta final que vai colocar as coisas nos lugares exatos. 

sábado, 5 de abril de 2025

Encontro separatista realizado em março/2025

 No último domingo, dia 30 de março de 2025, reuniram-se alguns apoiadores do Movimento São Paulo Independente, nas imediações do Ibirapuera, para um encontro onde puderam falar sobre a história paulista e sobre os rumos futuros do MSPI. Em especial, proveitosa foi a vinda de dois correligionários da cidade de Sorocaba.










terça-feira, 4 de junho de 2024

Encontro separatista realizado em 2024

 A direção do MSPI realizou na capital bandeirante um breve encontro de apoiadores, no mês de março/2024, onde foi possível tratar de questões relativas ao futuro da Causa Paulista e do MSPI. 

Novas reuniões públicas serão convocadas em breve. Nos acompanhe em nossas redes sociais.



sexta-feira, 4 de novembro de 2022

A questão separatista e a volta do petismo

J. Lucas de Almeida M.



A eleição de Lula para presidente do Brasil, em 2022, representou a erupção da questão separatista no Brasil, após um breve período de hibernação. Os quatro anos de governo Bolsonaro serviram para asfixiar movimentos e lideranças independentistas. Inúmeros simpatizantes desse ideal foram ingenuamente cooptados por bolsonaristas. Um influente exemplo, neste caso, é a organização O Sul é Meu País. Outrora vigorosa e pujante, atualmente não traduz 30% do que foi há cinco ou seis anos. Muitos quadros desse movimento foram ludibriados pelo discurso de Jair Bolsonaro e deixaram de lado a grandiosa causa de independência do povo sulista. Em São Paulo a situação não foi distinta. Certos indivíduos caíram na lábia de que o Brasil poderia ser reformado por uma figura “honesta e visionária” como Jair Bolsonaro, após décadas de esquerdismo. Mera propaganda enganosa, que contudo viria causar estrago no sonho secessionista.

Costumamos argumentar nos fóruns e grupos do Movimento São Paulo Independente que a totalidade das associações independentistas do continente americano ainda estão num estágio mediano ou inicial. No caso de São Paulo, justiça seja feita, estamos na etapa intermediária. Não somos anêmicos como os movimentos pró-separação de Zulia na Venezuela ou tão atléticos quanto os separatistas sérvios de Srpska ou do Curdistão. Precisamos ampliar nossa atuação e nada melhor do que captar recursos pra expandir nossas atividades, ativismo, agitação e propaganda política.

O estágio do separatismo paulista é semelhante ao texano. Aproximadamente 70% dos seus apoiadores votam em Donald Trump, embora não deixem de apreciar a ideia de uma nação texana livre e soberana. De fato, é um problema, que faz parte do processo de evolução política. Não podemos cabriolar etapas históricas, sob pena de malogro do fim político. No entanto, é indispensável higienizar o Movimento São Paulo Independente de sentimentos reformistas e de tratamentos paliativos para a doença chamada República Federativa do Brasil.

Na Argentina, logo após os sucessivos reveses de Alberto Fernandéz, o debate separatista alvoreceu a ganhar holofotes na Argentina. O povo de Mendonza, exausto de anos de aflição socialista, está empreendendo a sua jornada em prol da liberdade e soberania. Mais ao sul, nossos irmãos da Patagônia, estão medindo esforços para persuadir toda nação patagônica contra Buenos Aires.

O fim político de Jair Bolsonaro poderá ser congênere ao do ex-presidenciável Aécio Neves. A pusilanimidade de Bolsonaro de amenizar a linguagem e não atacar o petismo é a exata do PSDB nas últimas eleições (2002, 2006, 2010 e 2014). Ao se apresentar como uma fortaleza antipetista, Jair Bolsonaro angariou seguidores e supriu a lacuna deixada pelos tucanos. Como sabemos, esse partido está praticamente submetido a desvanecer do cenário político nacional ou ser obrigado a abraçar a algum outro partido, em virtude da sua patética e generosa “oposição” às políticas do lulopetismo. Tão aleivosa foi a “resistência” tucana ao PT que os cardinais quadros desse partido abertamente manifestaram apoio a Lula nas eleições de 2022 (Geraldo Alckmin, José Serra, Aluísio Nunes, Fernando Henrique Cardoso e outros).

Apesar de ser uma criatura de admirado carisma, Bolsonaro não ousa romper com o sacrossanto Estado Democrático de Direito, embora seus adversários tenham extrapolado a decência e as regras do jogo político incontáveis vezes. Em momentos de elevada temperatura, como foi o 7 de setembro de 2021, Jair Bolsonaro decidiu tomar uma dose de dipirona e abortar a febre popular contra os excessos do Supremo Tribunal Federal, ainda que tivesse uma parcela da população disposta a cometer sacrifícios em prol da nação. Bastava um simples aceno do “mito” para incendiar toda pradaria.

Quiçá Bolsonaro não tenha a idêntica sorte de Aécio Neves. Em 2017/18, a PF esteve prestes a agrilhoar o cacique mineiro. A irmã chegou a ser detida, todavia o político, com o amparo de bons juristas, conseguiu se esquivar. O neto de Tancredo, desde então, desapareceu das redes sociais e se manifesta timidamente nas questões partidárias e nacionais. Na eleição de 2022, Aécio logrou mais um mandato de deputado federal por Minas, porém isso deve ser considerado um mero prêmio de consolação, pelo que esse personagem da política nacional já foi no passado.

Prestes a deixar a presidência, Bolsonaro ficará sem o foro privilegiado, o que aumenta o risco de ser investigado e preso por inúmeras acusações que pairam sobre sua pessoa, notadamente desde sua polêmica atuação na pandemia até o esquema de rachadinha que seus oponentes o acusam.

Diante de um cenário no qual Bolsonaro seja aprisionado, o bolsonarismo possivelmente não terá glória. Não existe getulismo sem Getúlio Vargas, assim como não existe trotskismo sem Trotski e nem lulismo sem Lula. O nome de Tarcísio é o mais forte até o dado momento, entretanto não sabemos o quão eficiente e preparado é esse ilustre cidadão. Seu nome foi feito através do Whatsapp por tios bolsonaristas na andropausa e tias na menopausa. O tempo dirá o quão qualificado é Tarcísio Gomes de Freitas. Caso obtenha brilhantura encabeçando o maior Estado da América do Sul, com certeza fará do seu mérito um trampolim para disputar a presidência do Brasil, como Geraldo Alckmin, José Serra, Orestes Quércia e Paulo Maluf fizeram.

Preferimos não depositar esperanças em políticos reformistas e emboabas e nem naqueles que usam São Paulo apenas como meio para pavimentar o sonho de ocupar o Palácio do Planalto. Nosso caminho é tão somente a separação de São Paulo do Brasil. O lulopetismo no Brasil e o peronismo na Argentina são os melhores "cabo eleitorais” do separatismo sul-americano. A eleição presidencial de 2022, no Brasil, comprovou o quão divergente é o interesse econômico e político das regiões. A única solução, mais uma vez, para o problema chamado Brasil é a secessão.

REFERÊNCIAS: Desilusão na Argentina ressuscita o separatismo. Disponível em: <https://revistaoeste.com/mundo/desilusao-na-argentina-ressuscita-separatismo/>Acesso em: 03 nov. 2022

quarta-feira, 13 de julho de 2022

09 de Julho de 2022

 Agradecemos a presença, a participação e apoio de todos os amigos da Causa Paulista que estiveram conosco, no último sábado, para participar do Desfile Cívico de 9 de Julho.



sábado, 25 de junho de 2022

Radicalizar é preciso, separar é imperativo.



Por J. Lucas de Almeida M.

Não são poucas as pessoas que acreditam que um dia o Brasil possa ser um país decente e próspero. O otimismo parece ser a marca registrada do brasileiro, podendo mencionar a conhecidíssima música “Amanhã vai ser outro dia”, do compositor Chico Buarque. Nela, a ânsia de um futuro melhor e livre da ditadura de 64, consegue trazer luz e vida a uma existência melancólica, conforme o cantor destaca na letra. A cada dia o cidadão comum é bombardeado com “boas notícias”: escândalos de corrupção, alta no número de homicídios, aumento da inflação, impunidade, subida drástica do dólar, instabilidade política e desemprego galopante.

Na literatura, nomes como do pregador espírita, Chico Xavier, criaram obras retratando, sob um prisma positivo, o papel do Brasil no mundo. Especificamente, “Brasil, coração do mundo e pátria do Evangelho”, tenta persuadir emocionalmente o leitor da missão espiritual que a nação brasileira tende a desempenhar no mundo.

O problema dessa narrativa é que ela é fundamentalmente religiosa, ou seja, não apresenta qualquer comprovação científica. Não adentrando em questionar os clichês fartamente escritos por Chico Xavier no manuscrito: grandeza territorial, bondade/hospitalidade do brasileiro, abundantes recursos naturais e potencial econômico. Se tratando do Brasil e o inerente complexo de inferioridade que o brasileiro tem, o livro serve, em primeira análise, para despertar ufanismo no coração do indivíduo castigado pela triste realidade brasileira: somos uma pátria sem futuro, sem importância e sem brilho para o globo. Podemos destacar, por consequência, o fato que a obra foi redigida (1938) durante o governo autoritário de Getúlio Vargas, marcado por um desregrado sentimento nacionalista, que possivelmente teria influenciado a qualidade do exemplar, como o afamado panfleto “Brasil, país do futuro” de Stefan Zweig. São escritos clássicos, contudo conseguiram colonizar o imaginário doméstico e internacional por décadas.

A pergunta que muitos fazem atualmente é: por que o Brasil deu errado? Bem diferente da certeza do passado: o Brasil é o país do futuro! O parlamentar monarquista e descendente de D. Pedro II, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, se propôs a responder essa indagação no livreto “Por que o Brasil é um País Atrasado”, galgando diagnosticar os erros que impediram o pleno desenvolvimento brasileiro. De antemão, se trata de um endosso ao passado monárquico, este sim grande responsável pela pífia capacidade industrial e a acachapante desigualdade socioeconômica que aflige o País.

O apresentador Luciano Huck, sempre cogitado a disputar o cargo de presidente, chegou a admitir que o Brasil fracassou como Estado-nação. Em outros termos, é uma sensação que está se difundindo e fincando raízes no pensamento popular. Com a explosão de canais e páginas de História, o “afegão médio” terá a chance de aprender fatos, temas e curiosidades até então inacessíveis ou desconhecidas por grande parte da população.

A capa da revista Isto É de setembro de 2021 publicou “O Brasil que dá certo”. Corrigimos: trata-se de São Paulo, administrada por João Dória e Henrique Meirelles, mesmo diante dos percalços enfrentados durante a pandemia do Covid-19. O texto detalha que o crescimento econômico paulista segue positivo, em contraponto ao do Brasil, acostumado a regredir nas últimas décadas. É óbvio o rol de críticas e xingamentos que podemos outorgar ao governador paulista, sobretudo pelo seu oportunismo político e exacerbado nacionalismo brasileiro, mas é manifesto que ele tem em mãos uma nação rica e com um formidável potencial, comprovando-se pelos números, dados e estatísticas.

Lula e Bolsonaro são dois retratos do mesmo Brasil, com pequenas nuances no campo ideológico. Ambos conseguiram iludir seguimentos sociais, sedentos por mudanças práticas. Eles representam a falência moral e política que marca tanto a esquerda quanto a direita brasileira. Hoje, são repudiados por uma imensa quantidade de eleitores cansados de juramentos falsos. Esse sentimento de desencanto com a velha política brasileira deveria ser revestido para a edificação de uma terceira via genuinamente radical: o separatismo.

Não interessa aos burocratas de Brasília alterar o status quo e nem sanar os embaraços que vivemos desde 2013. A verdadeira transformação está na potencialidade de cada estado federativo, revoltar-se contra as políticas e desígnios dos donos do poder. A cidade de Brasília foi genialmente projetada para ser um bunker, impedindo, em tese, que a casta política possa sucumbir a pressões populares como na antiga capital Rio de Janeiro. O campo de batalha contra o Brasil deve estar, principalmente, nas assembleias de poder estaduais.

O Brasil, tal como a União Soviética, é irreparável. A ortodoxia marxista-leninista não conseguiu se sustentar por mais que seis ou sete décadas. As contradições internas provocaram mudanças estruturais relevantes, com a independência das quinze repúblicas. É perceptível que algumas nações se tornaram afortunadas, como o caso dos Bálticos; outras, entretanto, não lograram a circunstância do fim do comunismo para gerar riqueza e felicidade. Assim será o enredo independentista pós-Brasil: uns transbordando abundância outros chafurdados no mais absoluto bananismo. Como paulistas, não devemos nos preocupar senão com o nosso futuro e bem-estar. Cada nação terá a governança que merece.

Em síntese, não devemos insistir em soluções genéricas e reformistas para o Brasil e nem se enganar com líderes messiânicos. Radicalizar é preciso, separar é imperativo!

REFERÊNCIAS

O Brasil que dá certo. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2021 'O Brasil não deu certo', diz Huck em evento com presidenciáveis. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/04/17/o-brasil-nao-deu-certo-diz-huck-em-evento-com-presidenciaveis.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 10 set. 2021

*O autor é apoiador do MSPI.